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No Senado, Moro fala em 'sensacionalismo' e que não tem o que esconder

Folhapress

Foto: José Cruz (Agência Brasil)

O ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, abriu sua fala na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, nesta quarta-feira, afirmando não ter o que esconder e querer "esclarecer muito em torno desse sensacionalismo" em relação às mensagens vazadas e atribuídas a ele, quando juiz federal, e a integrantes da Operação Lava Jato.

- De fato, me coloquei à disposição para prestar esclarecimentos. Evidentemente, não tenho nada que esconder. A ideia foi vir aqui espontaneamente esclarecer muito em torno desse sensacionalismo que está sendo criado em cima dessas notícias. Tenho apenas a agradecer aqui essa oportunidade - declarou.

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Reportagens do site The Intercept Brasil revelaram mensagens em que Moro e o procurador Deltan Dallagnol trocavam informações sobre ações da Lava Jato e sugerem que o ex-juiz pode ter interferido na atuação da Procuradoria, o que é proibido pela Constituição. Na época dos diálogos, Moro era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos ligados à operação.

Aos senadores, Moro afirmou ter sido usuário o Telegram por um "determinado período em 2017", mas relatou ter excluído o aplicativo de mensagens depois que a imprensa norte-americana noticiou possíveis invasões hackers no decorrer da campanha presidencial nos Estados Unidos, vencida por Donald Trump no ano anterior.

Por esse motivo, segundo ele, não há como confirmar a autenticidade dos diálogos vazados, já que ele não teria o histórico:

- Não tenho essas mensagens para confirmar se é autêntico ou não.

Além de colocar em dúvida a veracidade das mensagens vazadas, Moro reafirmou que há trechos que podem ter sido "total ou parcialmente alterados".

- Algumas coisas eu posso ter dito e outras me causam estranheza - completou.

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Moro também relembrou o que é a Operação Lava Jato e ações realizadas pela força-tarefa e defendendo ter sempre agido de acordo com a Lei.

Para negar que tenha havido decisões ou medidas combinadas com demais integrantes da Lava Jato, citou que o Ministério Público recorreu da maioria das condenações impostas por ele.

- O MP recorreu de 44 dessas 45 condenações. Falou-se muito em conluio aqui. É um indicativo claro que não existe conluio nenhum - disse.

Desde o vazamento das mensagens, Moro já adotou três estratégias para se referir ao caso. Ele já tratou os diálogos como "conversa normal", "descuido" e já se negou a atestar a veracidade dos diálogos divulgados.

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Moro driblou a imprensa na chegada à CCJ e entrou pelo gabinete do senador Lasier Martins (Podemos-RS), subindo direto à sala de espera da comissão e evitando o corredor principal. Ele entrou no plenário às 9h12min.

Com a sala lotada, a segurança da Casa endureceu o controle de acesso e, diferentemente do que costuma ocorrer nas comissões, proibiu a instalação de tripés dos cinegrafistas. Apenas o equipamento da emissora oficial foi permitido.

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